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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Indústria no Paraná vai fabricar produtos para o tratamento do câncer.

Fábrica na Região de Curitiba teve investimento de R$ 50 milhões. 'Intenção é deixar de ser um importador para ser um exportador', diz CEO.
Empresa vai ser instalada em Campina Grande do Sul (Foto: Divulgação)

Uma indústria que está sendo instalada em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, vai fabricar produtos para o tratamento contra o câncer a partir de 2014. A previsão é de que a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação saia ainda no primeiro semestre do ano, de acordo com o CEO da empresa, Rafael Martinelli de Oliveira. “A parte civil da fábrica está pronta. Agora estamos fazendo as instalações industriais finais e a validação da planta, que culmina, na última etapa, com a inspeção da Anvisa”, explica.

O investimento de todo o projeto será de R$ 50 milhões e vai gerar entre 150 e 200 empregos diretos, e outros 300 indiretos. “Contando todos os outros fornecedores que a gente precisa e os negócios que vão gerar na região”, calcula Oliveira.

Entre os motivos que levaram o município a ser escolhido para sediar a indústria, está o fato de os dois sócios serem paranaenses. O segundo motivo foi, conforme Oliveira, um acordo feito com o governo do estadual no âmbito do programa Paraná Competitivo que tornou possível a instalação da empresa no estado. “Começamos a trabalhar no projeto em 2008, mas, efetivamente o projeto de implantação começou em 2010”, diz o CEO.

Produtos
A fábrica vai produzir um mix de 250 produtos. Inicialmente, a unidade fabricará dispositivos para acesso vascular, infusores para quimioterapia e agulhas de biopsia. O objetivo da empresa é nacionalizar 70% dos produtos que são importados dos EUA, da Alemanha e da Coreia do Sul.

“Hoje a gente tem um descompasso entre a tecnologia que se lança fora do Brasil com aquilo que se consegue ofertar no país em função das barreiras regulatórias. Então, além de ter uma melhor vantagem competitiva em termos de custo, a gente quer acelerar o processo de desenvolvimento e introdução de novas tecnologias no mercado”, afirma Oliveira.

Intenção da empresa é nacionalizar 70% dos produtos importados dos EUA, Alemanha e Coreia 
do Sul (Foto: Abruzzo/Divulgação)

O CEO conta que a empresa adquiriu, em 2011, uma tecnologia em uma linha de produtos, as bombas de infusão, da empresa americana Kimberly Clark. “Agora a gente vai transferir tudo com a tecnologia para o Brasil. Vamos transferir aquela linha de fabricação para a Região de Curitiba”, relata. A empresa já fabrica em uma unidade terceirizada em Boston, nos Estados Unidos, e exporta para países da Europa e da Oceania.

Um dos objetivos da fábrica é reduzir a dependência que existe, segundo Oliveira, de produtos importados. “Nossa intenção é deixar de ser um importador para ser um exportador. A gente observou, ao longo de 2013, que as importações têm avançado muito no setor, e que as exportações recuaram 8,7% nesse ano. Agravou o déficit na balança comercial. Em um cenário que o dólar cresceu muito, aumentou muito o valor, e você tem uma maior quantidade de importação e menor de exportação, teu déficit aumenta e, consequentemente, a inflação do sistema de saúde aumenta. Isso é preocupante”, pondera.

Beneficiários
Hospitais e clínicas com tratamento oncológico, abrangendo o Sistema Único de Saúde (SUS) e privado, serão o público-alvo da empresa. De acordo com Oliveira, a nacionalização dos produtos, que representam 85% do mercado de infusores domiciliares, vão tornar a disponibilização mais ágil e fácil, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e o trabalho das enfermeiras, que poderão atender mais rapidamente e com humanização.

Ainda segundo Oliveira, o uso dos produtos também poderá reduzir o custo com a internação, beneficiando os hospitais. "Além de o tratamento ter uma resposta mais positiva com o paciente fazendo quimioterapia em casa, os infusores são muito mais econômicos do que manter um paciente hospitalizado apenas para receber medicação", garante. Em 2012, aproximadamente 43 mil pessoas puderam fazer quimioterapia em casa, de forma gradativa, amenizando os efeitos colaterais do tratamento, conforme a empresa.

Os interessados em se candidatar às vagas que serão abertas na fábrica podem enviar um e-mail para o departamento de Recursos Humanos da empresa. De acordo com o CEO, o processo seletivo para contratação na fábrica vai começar em 2014.

Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/12/industria-no-parana-vai-fabricar-produtos-para-o-tratamento-do-cancer.html

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